quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O Amor.



Pra ser bem sincero não pensei muito sobre o que estou prestes a escrever, mas senti de súbito uma vontade enorme de falar sobre o amor.
Se olhar com um olhar rápido, meu primeiro amor deve ter sido a Marcela do pré. Do externato São João.
Não espera! lembrei de uma menina que nem sei o nome. Da quermesse, da igreja que tinha perto do prédio que eu morava na rua Martelinho... 
Nem sei quantos anos tinha...menos de cinco talvez.
Depois muitas menininhas abalaram meu coração.
Mas hoje não estou com vontade de falar desse amor entre homem e mulher.
Na verdade hoje não to vendo diferença entre as formas de amor.
Entre uma pessoa que você encontra rapidamente na sua vida, até as mais próximas, no fundo se trata de amor. Né?
Não quero entrar em comparações, não tem sentido comparar amor...
Mas não dá pra esquecer, é claro, que mesmo sem dar importância quando era criança, meus pais são as primeiras pessoas que amei de verdade. Minha mãe e meu pai.
Que cuidaram de mim, quando eu era um neném prematuro e sempre doente! Puta que o pariu eu dei trabalho demais pra esses dois! Catapora que tem cicatrizes até hoje no meu pulmão...alergia a leite do peito, a leite de vaca...só leite de soja...que muleque pra dar trabalho heim?
Nem vou listar agora tanto trabalho que dei pra esses dois. Né Marilza? Né Miguel?
O fato é que sem o cuidado e o amor deles eu não estaria bem aqui neste momento.
Mas tantas pessoas foram e continuam sendo tão fundamentais...de fato não é uma questão de comparar.

O fato é que não estamos sós. Mesmo quando nos sentimos sozinhos. Nós coexistimos com todas as coisas que existem e estamos ligados um com o outro pra estarmos existindo nesse exato momento de agora.
Mas não quero falar sobre existência, quero falar sobre amor.

Pois me lembrei de todas as pessoas que encontrei nessa viagem, e percebi como cada uma delas fez manifestar um amor verdadeiro em mim. Então me lembrei de uma porrada de pessoas que já encontrei nessa viagem da minha vida e percebi como a lembrança deles faz borbulhar dentro de mim um amor enorme.
Poder sentir isso, amor por cada pessoa que encontro, talvez seja o maior barato de viver.
É claro que eu amo meus pais, minha família, meus amigos. É claro que eu amo a Aninha, que tem o fator “cheirinho” inquestionavelmente a seu favor.
Mas não se trata desse amor só. Que as vezes se confundi dentro de mim com outros sentimentos como o ciúme, posse, medo...comparações.
Quando o amor começa a se transformar de um amor pequeno para um amor gigante ele deixa de ser limitado, e passa a ser infinito. Não é amor daquela pessoa que eu quero só pra mim, é amor por todas as condições que me trazem pra esse exato momento. Amor pelo passado, pela natureza, pelo universo, amor por cada momento, amor pela vida, amor pela morte, amor pelos altos e pelos baixos.
Amor de verdade não é forçado, é natural e já tá existindo mesmo antes da gente notá-lo.
Amor não é algo que a gente dá, pois ele nem pertence a nós em primeiro lugar.
Amor não é tudo o que a gente precisa, pois a gente já tem amor deste o momento em que nascemos.
Nós só pegamos essa mania de não reconhecer o amor em todas as coisas do dia-a-dia, em todas as pessoas que encontramos. Nós pegamos essa mania de algum lugar que não sei bem onde é! Mania de querer enquadrar o amor num esquema pra só então poder chamá-lo de amor. Ou escolhendo pra quem vamos “dar” nosso amor.
Amor de pais, amor de irmãos, amor de amigos, amor de família, amor de filhos, amor de avós, amor de netos, amor de amantes... Mas paixão não é amor, amor é algo mais... Quem disse? Quem está dizendo? Quem está comparando? Quem? Quem está colocando um amor acima do outro? O amor que a gente sente só a gente sabe, não é? Que amor a gente tá sentindo? Ele é pequeno ou ele é grande?
Beijo na bunda...amo vocês.

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