A morte é a continuação da vida, sem mim (Sartre)
A morte pertence à estrutura fundamental do ser humano, está sempre presente. É por ela que o ser humano conquista a totalidade da sua vida. Ela é a última extremidade que limita e determina a totalidade do ser. Ela tem o poder de apagar tudo o que não é essencial ao homem. Exige dele aprender a aproveitar o tempo, a vida. Lança-o para o olhar compassivo e com compaixão ouve e escuta os apelos dos outros seres. Passa a enxergá-la não como uma destriuição mas como a última possibilidade. Passa a perceber a vida como algo de imenso valor e lhe dá um sentido para viver e para morrer. Lhe dá a responsabilidade pela existência e a vê como possibilidades a realizar. Aceita o convite para responder as solicitações de tudo o que vêm ao seu encontro.
A partir da apreensão da angústia, o homem se percebe como um ser-para-morte. Ela resulta da imperfeição do homem, da falta de base da existência. Quando isso ocorre, Heidegger afirma haver duas soluções: ou o homem foge para a vida cotidiana (onde se ilude numa suposta segurança e sensação de pertencimento), ou aceita a angústia, manifestando seu poder de transcendência sobre o mundo e sobre si mesmo (suportando e aceitando a solidão, que passa a ser vista não como abandono mas como um estar consigo mesmo). Cada um de nós morrerá a sua morte e viverá a sua vida. Essa tarefa é insubstituível pois ninguém pode fazê-lo em nosso lugar. É algo que está presente desde o momento em que se dá o primeiro sopro de vida. Quando o ser humano vêm à vida, ele já tem idade suficiente para morrer. Ela deveria nos humanizar, nos conduzir a essência do ser homem.
O perigo esta naqueles que julgam e possuir respostas para o indizível, certezas inabaláveis. São mestres do discurso e da retórica e dizem possuir a verdade. Esquecem da fragilidade da vida, estalam-se numa impressão de ela está sempre garantida e assim, se descuidam. Tudo perde seu valor. A morte e o morrer pode nos acordar desse sono. Enquanto aqueles que acolhem a visitação da angústia, podem sentir a dor e o sofrimento da vida e da morte mas, não sentem raiva, desespero ou rancor diante do fim. Possuem a si mesmos e a alegria serena de uma existência intensa, fiel a si mesma, onde não se precisa de certezas mas, de inquietações.
Tiago Villano
ae, miguel
ResponderExcluireu gostei desse texto do tiago!!
ia te ligar para dar o tchau no avião, mas me escapou!!!
como esta ai na suissssa? manda bjs pra deia e kaj! pra ana tb!!
"Acolher a visitação da angústia..." putz... e não é que é??? tenho passado por esta!
ResponderExcluirAdorei querido!!!
Aproveitem a viagem. Teu blog tá uma graçinha, como tu! Aberto e franco!!
Abraços muito muito carinhosos prá vcs... jane
SUPER JANE!!!
ResponderExcluirque bom saber que vc tá acompanhando!
sempre com saudade de vc!
um beijo super carinhoso pra vc tbm!