sexta-feira, 20 de maio de 2011

carta


...Porque criamos um mundo através de nossa história, percepções, e vivemos intensamente ele. Não podemos dizer que existe de fato, pois é apenas minha criação, que veio de minha cabeça. Mas não podemos dizer que não existe, pois vivemos isso, está em nossas entranhas, vivemos isso celularmente, emocionalmente, espiritualmente. Mas se podemos viver tudo como uma encenação, estar inteiro na cena, se o ator desta vida, realizar o nosso papel no mundo, passar o nosso recado às pessoas que nos defrontamos, às pessoas que buscamos, inteiramente, e neste fim de linha, que pode ser um novo começo rumo ao desconhecido “conhecido”, pois acho que apenas perdemos a consciência da morte, e o processo desta transição, o soltar tudo, inclusive o eu, permitir morrer, desintegrar e se dissolver no todo, sem forma, sem cor, sem cena, sem platéia.
Em serenidade.
Pois o ser já viveu em vida a plenitude, que transpassa tudo isso, toda a matéria, todo o mental, onde há uma vibração da simples presença do ser, é simplesmente maravilhoso!
Esta vibração perpassa a vida e a morte, o ator e a pessoa real, e há um perfume de imortalidade no ar! Será que isso é a imortalidade?
Querido,
grande beijo,
Inês.

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