Nesse fim de semana veio o pessoal da Quase 9 teatro aqui no
Yamaguishi fazer uma vivência comigo e com a Aninha.
Quando e Léo me contou do projeto eu achei que tinha tudo a
ver com tudo que estou passando.
Não só o caráter do projeto de lidar com a memória e os
depoimentos pessoais (que me chamou atenção por ser um curioso em querer saber
porque nós somos assim), mas também por ser com professores. Isso tudo me
ajudou a dar uma esclarecida em muitas questões que tenho dado especial atenção
nos últimos tempos.
Educação, arte, vida, relacionamentos, amizade e jogo.
Que jogo é esse que jogamos todos os dias?
O jogo de estar vivo.
Quando digo jogo aqui, tenho em mente uma conotação neutra,
sem polaridade.
Não é um jogo de tramas, um jogo de artimanhas, como se a
viver a vida pudesse ser vista como um jogo de estratégias lógicas.
Tenho mais próximo de mim o jogo como brincadeira.
Tem tramas também nas brincadeiras, tem artimanhas também, e
é claro que precisa ter estratégias. Mas a atitude do jogador é diferente da
atitude de quem brinca.
Quem brinca também é jogador, mas nem sempre quem é jogador
está brincando.
O importante é dar atenção na pessoa que está em jogo com a
mesma importância que se dá ao grupo de jogadores.
Dar a mesma atenção na forma como deixamos o "bastão" pra quem
está vindo, como pra pegar o "bastão" para onde estamos indo.
Além dessas duas atenções, dar a mesma importância em você
mesmo, no seu ponto zero, ou ponto de equilíbrio.
Não me parece que a direção é uma só, uma concentração em um
aspecto só, que se fecha cada vez mais. Mas sim uma atenção para coisas que
acontecem ao mesmo tempo e que é possível perceber todas elas, então eu lido
com elas, dando a mesma importância para cada uma.
Nesse sentido os sentidos se
abrem, a atenção se amplia e meu coração se abre também.
Quanto mais eu jogo e brinco mais gostoso fica.
É brincar sem se levar a sério com seriedade.
E com tantas idéias subjetivas para falar do
jogo-brincadeira, ele é o espaço do real, do concreto e do palpável.
Onde a vida fica simples de se entender.
Voltem mais, voltem logo, voltem sempre.
Entrem no site quase9teatro.com.br
Que bacana! Mistura boa essa! :)
ResponderExcluirÉ maravilhoso compartilhar e dar-se a oportunidade de abrir uma janela nessas quatro paredes do cotidiano e poder olhar para fora, respirar um ar de vida e olhar de novo para dentro, renovado, com mais espaço para a poesia. Maravilhoso!
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