segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Meu sonho


Agora reúno toda minha sensatez para me colocar insensato.
E me muno de toda sabedoria para me soltar criança.
Para brincar por toda minha vida.
Ser fiel a mim mesmo.
Ser feliz agora mesmo.
Ser sincero.
Este é meu sonho.
Ele é puro e obsceno.
É uma bagunça e é claro.
É o que eu quero fazer com este tempo.
É o que quero fazer neste espaço.
Este sonho não é só pra mim, ele não é só meu.
Ele não tá lá!
Tá bem aqui!
Não estou escondendo nada.
Você consegue ver isso?
Estou andando seguro e às cegas.
Veja! Eu tô pelado como um peixe aberto em sua mesa.
Seremos capazes de ver através destes rótulos?
Vestido somente com meu próprio sonho me apresento ingênuo.
E nunca antes tão corajoso.
Onde está a realidade?
Onde está o medo?
Quem está dizendo onde o pé deve estar?
Quem é que sente o solo empurrar o seu peso de volta? Os músculos da panturrilha esquentarem? Esparramando os dedos e abrindo os metatarsos?
Nem meu melhor amigo.
Nem minha mãe.
Nem pai.
Nem santo.
Nem namorada.
Quem sente o chão
É o meu
Pé.

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